Somos todos FRANCISCO!!!
"Parceiro de euforias e desventuras, amigo de todos os segundos, generosidade sistemática, silêncios eloqüentes, palavras cirúrgicas, humor afiado, serenas firmezas, traquinas, as notas na polpa dos dedos, o verbo vadiando na ponta da língua - tudo à flor do coração, em carne viva... Cavalo de sambistas, alquimistas, menestréis, mundanas, olhos roucos, suspiros nômades, a alma à deriva, Chico Buarque não existe, é uma ficção - saibam.Inventado porque necessário, vital, sem o qual o Brasil seria mais pobre, estaria mais vazio, sem semana, sem tijolo, sem desenho, sem construção."
Ruy Guerra, cineasta e escritor, outubro de 1998
Ele é ...
- Compositor, intérprete, poeta e escritor
- Referência obrigatória da Música Brasileira a partir dos anos 60
Influências:
- Filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda, morou em São Paulo, Rio e Roma durante a infância. Desde criança teve contato em casa com grande personalidades da cultura brasileira, como Vinicius de Moraes (que viria a se tornar seu parceiro), Baden Powell e Oscar Castro Neves, amigos dos pais ou da irmã mais velha, Miúcha, também cantora e violonista.
Trajetória:
- 1964 começa a se apresentar em shows de colégios e festivais e no ano seguinte gravou pela RGE o primeiro compacto, com "Pedro Pedreiro" e "Sonho de um Carnaval".
- Em 1965, musicou o poema "Morte e Vida Severina", de João Cabral de Melo Neto, que fez enorme sucesso no Brasil e na França, para onde excursionou, arrancando elogios até mesmo do poeta João Cabral, que admite só ter autorizado a utilização do poema por amizade ao pai de Chico.
- Com o Festival de Record de 1966 tornou-se conhecido no Brasil inteiro por sua música "A Banda", interpretada por Nara Leão, que conseguiu o primeiro lugar
- Sua participação em festivais foi definitiva para a consolidação de sua carreira. Fez sucesso com "Roda Viva", "Carolina" e "Sabiá", e defendeu ele mesmo suas músicas "Benvinda" e "Bom Tempo".
- Lançou LPs no fim da década de 60, fazendo shows na França e Itália, onde morou por aproximadamente um ano.
- De volta ao Brasil, fez música para cinema e gravou um de seus discos mais bem-sucedidos, "Construção". Várias de suas composições e peças de teatro tiveram problemas com a censura na época da ditadura militar, e chegou a usar o pseudônimo Julinho de Adelaide para assinar algumas de suas músicas, como "Acorda, Amor".
- No teatro, escreveu "Gota D''Água" com Paulo Pontes, e a "Ópera do Malandro". Como escritor, lançou em 1991 o romance "Estorvo" e, quatro anos depois, "Benjamin". Depois disso voltou a dedicar-se à música, lançando "Paratodos" em 1993 e "as cidades" em 1999, ambos com amplas turnês pelo Brasil e exterior.
- Em 2001, Chico lança o DVD “As cidades”. Além do show "As Cidades", filmado em película, o especial traz cenas captadas no Rio de Janeiro e em Buenos Aires. Entre as participações especiais estão Jamelão, a Velha Guarda da Mangueira e Maria Bethânia.
- CD Duetos é lançado em 2002 e reúne 14 das mais de 200 participações de Chico cantando com outros artistas. Participaram do CD: Marçal, Ana Belén, Nara Leão, Zeca Pagodinho, Sergio Endrigo, Nana Caymmi, Johnny Alf, Pablo Milanés, João do Vale, Dionne Warwick, Miúcha, Tom Jobim e Elba Ramalho. - O DVD “Chico ou o país da delicadeza perdida” é lançado em 2003. Neste trabalho, Chico Buarque estreou para a televisão francesa em 1990.
- Após 8 anos sem gravar um disco de inéditas, Chico Buarque lança o CD “Carioca” em 2006. São 12 faixas, algumas em parceria com os artistas Edu Lobo, Ivan Lins e Tom Jobim.
Coleção de DVDs:
MEU CARO AMIGO trata das parcerias e amizades, À FLOR DA PELE aborda a temática feminina na obra do compositor e VAI PASSAR fala dos difíceis anos de censura e ditadura. Um registro emocionante de diferentes momentos da história do Brasil, contado por um de seus mais importantes criadores.
O DVD MEU CARO AMIGO abre a série retrospectiva da obra de Chico Buarque, destacando algumas de suas paixões: a cidade do Rio de Janeiro e seus parceiros e amigos. Apesar de ter nascido no Rio, Chico não se considera carioca da gema, pois viveu a juventude e a infância em São Paulo e parte em Roma. “Conservei um olhar quase estrangeiro sobre o Rio. Tenho ainda uma relação de deslumbramento com a cidade. O Rio, na minha origem como compositor, é a fonte da música. A música brasileira que eu aprendi a gostar vinha do Rio: o samba, os carnavais, os programas da Rádio Nacional.”
O DVD traz ainda revelações inéditas sobre sua obra e suas parcerias, como quando o compositor fala sobre as várias composições deixadas por Tom Jobim, que continuam sem letras, e estão guardadas em seu apartamento. O compositor relata como foi iniciado afetuosamente na arte de letrista pelo poeta Vinicius de Moraes, amigo de família e freqüentador da casa de seu pai, o historiador Sérgio Buarque de Holanda. Amigos, parceiros e canções vão se sucedendo neste primeiro episódio da série, de forma descontraída e intimista. Tom Jobim, Miúcha, Elis Regina, Edu Lobo, Toquinho, Gal Costa, Djavan, Dorival Caymmi, Francis Hime, Daniela Mercury e um time de músicos da melhor qualidade vivem juntos com Chico momentos que vão ficar para sempre na memória de quem gosta de música brasileira. O DVD mostra ainda, pela primeira vez, a canção Renata Maria, composta em parceria com Ivan Lins.
À FLOR DA PELE
O DVD À FLOR DA PELE trata da temática feminina na obra do compositor Chico Buarque. O programa foi gravado em Paris, cidade onde o artista gosta de se refugiar para escrever em seu apartamento no bairro de Marais. Chico conta que conheceu Paris em companhia do pai, quando ainda era menino. Na capital francesa, ele viu pela primeira vez uma mulher nua, numa foto de revista. No romântico e nevoento inverno parisiense, Chico Buarque filmou em boulevards e bistrôs sob um frio de -1oC, usando chapéu e sobretudo cinzas, em clima meio nostálgico. Para o artista, os tempos modernos e a informalidade das novas gerações não diminuíram em nada o mistério das mulheres: Sou um curioso do universo feminino. Esforço-me, tento entender, mas acho que nunca vou conseguir. As mulheres são surpreendentes e misteriosas.
Neste segundo DVD da série retrospectiva da obra de Chico Buarque são mostradas canções importantes ligadas à temática feminina na obra dele. Ao lado de Caetano Veloso, Milton Nascimento, Nara Leão, Francis Hime, Leo Jaime e grandes músicos, Chico mostra ser o grande intérprete da alma feminina na música brasileira. Vários compositores escreveram letras no feminino para serem interpretadas por cantoras. Em À FLOR DA PELE, Chico Buarque conta que a prática de escrever letras na primeira pessoa no feminino surgiu a pedido de Nara Leão, para quem compôs Com açúcar, com afeto. Segundo Chico, sua decantada sensibilidade para a alma feminina é apenas uma resposta a uma encomenda de Nara. O artista fala também que as personagens de sua obra são pura invenção, não se baseiam na vida real. Há controvérsias. Para este programa, Chico compôs uma nova canção, As atrizes. Fala do fascínio pelas mulheres que o faziam sonhar nas telas dos cinemas.
VAI PASSAR
Este terceiro DVD da série retrospectiva da obra de Chico Buarque aborda seu papel de cronista das esperanças políticas do seu tempo e foi gravado em Roma. Chico guarda lembranças ambíguas da capital romana. Por um lado, tem fascínio pela cidade, por outro, tem memórias tristes do exílio. Preso e liberado em dezembro de 1968, depois da promulgação do AI-5, Chico e sua mulher, a atriz Marieta Severo (então grávida de seis meses), viajaram para a França e Itália para participar de eventos musicais. Os amigos os aconselharam a não voltar ao Brasil, pois vários artistas e intelectuais estavam sendo presos. O casal foi então morar em Roma, onde nasceu Silvia, sua filha. Só voltou ao Brasil em março de 1970, 15 meses depois de ter partido. Durante as gravações do especial, Chico Buarque foi conhecer a embaixada brasileira, um belo pallazo na Piazza Navona, do qual passava longe na época do exílio. Indagado sobre suas mágoas políticas e a luta contra a censura, Chico disse fazer o possível para não dramatizar: A ditadura encheu muito o meu saco, mas eu também enchi o deles bastante. Sobre as viagens a Cuba, ironiza: Antigamente, o passaporte brasileiro dizia: válido para todos os países com exceção de Cuba. Dá vontade de ir, né?
Andarilho, acostumado a percorrer as ruas do Rio em passo acelerado, Chico caminhou pelas ruas do centro histórico de Roma, revendo os lugares que freqüentou. E durante as canções tem companhias igualmente familiares, como Ruy, Miltinho, Achiles e Magro, do MPB-4, Caetano Veloso, Sergio Bardotti, Tom Jobim, Milton Nascimento e Gilberto Gil. A culinária italiana também está presente com Risotto Nero, uma nova canção feita com seu parceiro e amigo Sergio Bardotti, e mostrada pela primeira vez neste DVD.
Referências:
http://chicobuarque.uol.com.br/ http://chicobuarque.uol.com.br/construcao/index.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Buarque#Estilo_musical
http://www.cliquemusic.com.br/artistas/chico-buarque.asp
http://www.constelar.com.br/revista/edicao73/chicovenus1.php
http://www.emi.com.br/base_para_noticias.asp?c=970
http://www.revistaresidenciais.com.br/det_materia.asp?id=335&ids=34
http://www.santanailustra.com.br/posters/chico_buarque.jpg
http://www.sylviocoutinho.com.br/novidades/chico%202/_PJC0056.jpg
Então é isso!!!! Breve deixaremos toda a coleção na nossa DVDteca, mas para não perder a oportunidade de usar a ferramenta virtual, aí vai também o link para ouvir a obra "Meus Caros Amigos!:http://musica.busca.uol.com.br/radio/index.phpbusca=Caros+Amigos¶m1=homebusca&check=disco
Beijos,
Ana Carolina e Maíra